terça-feira, 29 de março de 2011

Debate sobre energia nuclear é amanhã


E para juntar alguns dados ao debate, eis um cálculo do número de mortes por unidade de energia produzida para vários tipos de fontes energéticas: o mais mortal é o carvão; o menos mortal a energia nuclear. Estará correcto? Ver artigo original aqui.

Este estudo da OCDE faz também uma comparação entre os riscos associados a várias fontes de energia e é uma leitura útil para preparar o debate. 

Amanhã, Quarta-feira, 30 de Março de 2011, cá estaremos para debater estas questões!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Cadernos de Ornitologia de Hélder Costa

Já está disponível para consulta (aqui) o terceiro número dos Cadernos de Ornitologia elaborado pelo ornitólogo Hélder Costa. Este caderno reúne as observações de aves mais interessantes efectuadas em 2010.

Tive uma vez a experiência estranha de, no Lumiar, ver a voar o que me pareceu um papagaio-cinzento Psittacus erithacus. Na altura duvidei um pouco da minha sanidade. Até que ornitólogos como o Hélder Costa que registam e reúnem observações sobre aves me esclareceram, como ele faz aqui, que é uma ave que se vê ocasionalmente fugida de cativeiro.

O Hélder Costa é um dos autores do livro Aves de Portugal - ornitologia do território continental que tivemos oportunidade de apresentar aqui na loja. No passado dia 26 de Fevereiro de 2011 foi emitida no programa Melancómico do canal Q uma entrevista com os autores deste livro, e reproduzimos aqui o vídeo.

Debate: Energia Nuclear: Sim ou Não?


Debate: Energia Nuclear: Sim ou Não?
Quando: Quarta-feira, 30 de Março de 2011, 19h30
Onde: Loja de História Natural

Os acontecimentos na Central Nuclear de Fukushima, ainda sem final conhecido, reavivaram a discussão sobre o uso de energia nuclear. Ver, por exemplo, os posts e comentários no blog Ambio. Desta forma, a Loja de História Natural resolveu colaborar na organização de um debate sobre este tema. 

Algumas das questões que esperamos trazer para a discussão no debate são:
- é a energia nuclear uma fonte de energia barata e/ou segura?
- é a energia nuclear uma alternativa aos combustíveis fósseis na produção de energia?
- é a energia nuclear indispensável ao desenvolvimento?

Seja qual for a sua opinião sobre esta questão, se quiser contribuir para enriquecer este debate que se quer informativo e construtivo, contamos com a sua presença na próxima Quarta-feira, 30 de Março de 2011, a partir das 19h30.

Não Há Plástico em Telheiras

"EVENTO: “não HÁ PLÁSTICO EM TELHEIRAS!” - 30 de MARÇO, 21h00
BIBLIOTECA MUNICIPAL ORLANDO RIBEIRO, TELHEIRAS - LISBOA

A Iniciativa de Transição em Telheiras – um projecto emergente de moradores do bairro, que tem como objectivo trabalhar na comunidade local temas como a segurança energética e alimentar, a permacultura e desenvolver acções de transição para um bairro mais sustentável e resiliente – convida a uma noite de partilha sobre Plástico. O plástico está todos os dias em todo o lado, na roupa, na comida, nos electrodomésticos, nas lixeiras, nos oceanos. Quais são, afinal, os seus impactos e que alternativas temos?

Esta noite o debate será aberto com intervenções de Cristina Viegas do Instituto Superior Técnico de Lisboa, de Rui Berkemeier da associação Quercus e de Ricardo Coelho, que partilharão connosco questões como o ciclo de vida e a toxicidade dos plásticos, a utilização excessiva de sacos descartáveis e alternativas ao plástico no nosso dia-a-dia. Haverá ainda espaço para o sorteio de sacos de pano pela plateia, feitos na oficina comunitária

Mais informações aqui."

quinta-feira, 24 de março de 2011

Ainda sobre o Mundo de Pernas para o Ar

Há uns anos trabalhei na venda de uma empresa. Fui responsável pela avaliação da mesma e pelo fornecimento de documentos a potenciais compradores.

Uma das perguntas mais frequentes que me faziam com alguma irritação e suspeita era onde estava o passivo da empresa porque não se via nos documentos. E lá explicava que a empresa não tinha passivo, tinha todas as suas dívidas, incluindo empréstimos bancários, saldadas.

A cara que me faziam nesta altura era de pasmo. Mas, diziam, e diziam sempre, como não têm passivo? Os juros estão tão baixos, não faz sentido não terem passivo! Os empréstimos eram sempre vistos como uma oportunidade, para crescer, para investir.

Imagine-se, ter dívidas passou a ser bom e sinal de boa gestão. Durante anos, em Portugal, e não só, ter dívidas passou a ser algo banal. O que estava bem era pedir empréstimo atrás de empréstimo, investir o dinheiro, afinal os juros eram baixíssimos e os investimentos prometiam pagar mais do que os juros, e levar a vida como se não houvesse amanhã. E os bancos sempre a alimentar esta loucura: fazer empréstimo de casa a 50 anos, morrendo antes de a pagar, por exemplo, um conceito que sempre me deixou banzado, tornou-se normal. Ninguém punha fim nisto.

Pois é. O amanhã chegou. É hoje. E este país-cigarra vai ter que suplicar muito às formigas para lhe darem umas migalhas durante o Inverno que aí vem. Só que o Inverno está a ser rigoroso e nem as formigas estão com muita disponibilidade. Vai ser giro, vai.

Nunca pensei, e eu sou um pessimista por natureza, ter de assistir à vinda do FMI para Portugal durante a minha vida adulta. Sim, os políticos são uns irresponsáveis, a mama do Estado é um exagero, mas a sério que nunca pensei que a coisa fosse tão mal. Mesmo quando esbracejava contra mais um auditório ou museu municipal de luxo, muito acima das possibilidades ou necessidades das populações, queria acreditar que alguém poria fim a isto se as coisas saissem de controlo. Mas sairam.

Sabem qual é a minha reacção? Pela primeira vez na vida quero tornar-me membro de um partido. Não sei qual. Mas não posso continuar a ver os outros levarem-me à desgraça e não agir, com medo de me sujar na imundície partidária. Mesmo que isso signifique votar derrotado o resto da minha vida. Mas é hora dos partidos representarem a sociedade. A sociedade não pode continuar alheada dos partidos. É preciso haver quem - por exemplo - tenha a coragem de no próximo congresso do PS propor a substituição de José Sócrates. Como é que um dos maiores partidos de Portugal se tornou nisto? Quando é que nós deixámos de chamar os bois pelos nomes?

Penso que única maneira de todos aqueles que se demonstraram há semanas - a tal geração à rasca - pode ajudar a mudar as coisas é em peso filiar-se nos partidos políticos. Esta atitude de não querer saber, de os outros decidirem por mim, de não me querer sujar não resultou.

É uma coisa não ir às reuniões de condomínio. Tenho que aceitar que viver em democracia tem um preço. Está na altura de pensar que partido melhor representa o meu ideal de sociedade e filiar-me e lutar pelo que acredito.

Fotos Lá de Casa: O Mapa do Mundo ao Contrário

Gostamos muito de receber testemunhos dos nossos produtos em utilização, em casa, campo, etc. Eis aqui uma foto de um exemplar do Mapa do Mundo ao Contrário em casa de uma cliente. E que bem ficou. Obrigado pelo envio da foto!

Quem identifica estes fósseis algarvios?

Estes dois fósseis foram encontrados na zona da praia da Lagoa, Algarve. O dente foi encontrado mesmo na praia, a concha nas proximidades.Que organismos deram origem a estes fósseis?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Tudo o que sempre quis saber sobre a vegetação natural e semi-natural de Lisboa mas tinha medo de perguntar

"Sessão Ponto de Encontro - 24 de Março

Tema: "Vegetação Natural e Semi-Natural da Região Metropolitana de Lisboa"

Orador: Jorge Capelo (Instituto Nacional dos Recursos Biológicos)
Moderador: Pedro Arsénio (Instituto Superior de Agronomia)

Resumo da Sessão:

A vegetação natural da RML possui uma diversidade fora do comum. A enorme heterogeneidade de substratos litológicos, a diferenciação climática e o facto de  Lisboa se encontrar na confluência de unidades biogeográficas distintas e que representam paleo-histórias muito difrenciadas, concorrem para esta riqueza do coberto vegetal. Nesta apresentação são passadas em revista as grandes unidades correspondentes á vegetação natural (Vegetação Natural Potencial- VNP), assim como aquilo que lhe corresponde no coberto vegetal actual que resultou da acção histórica do Homem sobre a Paisagem. Os remanescentes da VNP permitem compreender e contextualizar a maioria das comunidades vegetais de carácter natural, semi-natural e cultural actualmente ocorrentes na RML e divisar as linhas orientadoras de planeamento para a sua Conservação, assim como daquelas acções tendentes à sua recuperação racional e com base ecológica cientificamente fundamentada.

Horário e Local: 17h30 às 19h30 no CIUL - Centro de Informação Urbana de Lisboa (Picoas Plaza)

Inscrições obrigatórias".

Não temos nada a acrescentar. Gostavámos de ir. Mas pode-se sempre ouvir o podcast! 

Exposição "Sobre-natural: 10 olhares sobre a natureza" na Casa da Cerca, Almada

"A Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea apresenta, de 26 de Março a 4 de Setembro a exposição Sobre-Natural – 10 olhares Sobre a Natureza mostra central do programa de comemorações do 10º aniversário do Jardim Botânico O Chão das Artes.

A exposição constitui-se como uma continuação da investigação desenvolvida para a exposição Natura Artis Magistra – A Natureza Mestra das Artes (realizada em 2001 no âmbito da inauguração do Jardim Botânico). Nesta exposição colectiva estão representados cinco artistas plásticos (Pedro Saraiva, Ruth Rosengarten, Rosário Forjaz, Domingos Loureiro e Pedro Vaz) e cinco ilustradores científicos (Pedro Salgado, Filipe Franco, Sara Simões, Nádia Torres, Marcos Oliveira) com um conjunto de trabalhos que reflecte um olhar contemporâneo sobre a Natureza. Do registo de paisagem ao registo do pormenor, a Casa da Cerca promove a reunião destas duas vertentes do desenho, o desenho de Natureza de expressão artística e a ilustração ao serviço da Ciência.
Inauguração: Sábado, 26 de Março, 17h. Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea. Rua da Cerca, 2800-050 Almada".

Já vendemos na loja trabalhos de Filipe Franco, Sara Simões e Marcos Oliveira. Somos muito parciais a ilustração botânica!

Ver na Casa da Cerca.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Poesia, Árvores e Borboletas

Hoje é dia da poesia, da árvore e da reabertura do Lagartagis.


Horas mortas… Curvada aos pés do monte
A planície é um brasido… e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!

E quando, manhã alta, o sol posponte
A ouro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota d´água!
Florbela Espanca

Foto e poema do blog Árvores de Portugal.


O Lagartagis é a única estufa de borboletas vivas na Europa constituída por espécies da fauna ibérica. Além de ser habitado por uma grande variedade de borboletas (que podem ser observadas em todas as fases da sua vida – ovo, lagarta, crisálida e fase adulta), funciona como um ecossistema onde existem plantas e um lago central.

“Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor”.
 
Alberto Caeiro, in O Guardador de Rebanhos - Poema XL


Lagartagis – Borboletário
Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa
Rua da Escola Politécnica, 56/58 – Lisboa
 
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
De Março a Novembro|2ª a 6ª feira | 10h – 17h
Fins-de-semana encerra para almoço |entre as 13h e as 14h
Encerra ao público entre 15 de Novembro e 21 de Março, abrindo apenas para grupos escolares e por marcação.
Encerrado no dia 1 de Maio.
 
CONTACTOS
Telefone: 210 443 510

sábado, 19 de março de 2011

Hoje está tudo de olhos na lua

 

"No próximo sábado, dia 19 de março, e se as condições meteorológicas ajudarem, será possível observar uma Lua Cheia especial no céu, uma super Lua Cheia.

A órbita da Lua em torno da Terra não é uma circunferência perfeita, mas sim uma elipse. Quando a Lua se encontra na ponta da elipse mais próxima da Terra está no perigeu, e quando a Lua se encontra na ponta da elipse mais afastada da Terra dizemos que se encontra no apogeu. A Lua Cheia do próximo sábado quase coincide com o perigeu da Lua: a Lua Cheia acontecerá às 18h10m (Portugal Continental) e o perigeu será às 19h10m (Portugal Continental). 

Como resultado a Lua poderá parecer no céu cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que as Luas Cheias que acontecem no apogeu. Mas será que vamos notar alguma diferença? É difícil, pois não existem réguas no céu que possamos usar para medir o diâmetro lunar. No entanto, deve bem valer a pena ver a Lua no céu. A melhor altura para espreitar a Lua será quando ela está próxima do horizonte. Por razões que ainda não são bem compreendidas por astrónomos e psicólogos, quando a Lua está perto do horizonte, alinhada com edifícios, árvores ou outros objetos e construções, parece-nos maior. Por isso poderemos aproveitar a Lua do próximo sábado para ainda ampliar mais esta ilusão de ótica lunar."

Ver mais informação no Centro de Astrofísica da Universidade do Porto aqui.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Identificação de Equinos

O livro Identificação de Equinos  é a segunda edição de um trabalho de referência de Maria Portas, médica veterinária, responsável pela revisão da classificação tradicional dos tipos de pelagens dos equinos.

O livro revê as diversas raças de cavalos e asininas. Tem ainda uma secção sobre equídeos muares, as mulas e mulos ou machos. Fiquei a saber, por exemplo, que as mulas e os machos são normalmente eguariços, ou seja, resultam do cruzamento entre um burro e uma égua. Isto porque o cruzamento de garanhões com burras, dos quais poderiam resultar muares asneiros, têm uma taxa de sucesso reduzida.
Um livro cheio de informação e interesse.

A chegar mas pronto para sair: Buitres, Muladares y legislación sanitaria

O livro Buitres, Muladares Y Legislacion Sanitaria: Perspectivas de un conflicto y sus consequencias desda la biologia de la conservacion (em português seria Abutres, Estações de Alimentação e Legislação Sanitária) chegou à loja mas é uma encomenda e por isso deverá sair nos próximos dias.

Este é um daqueles livros que não conseguimos de forma competitiva através dos nossos fornecedores. A solução foi comprar directamente a uma livraria espanhola que o tinha a bom preço e, com o conhecimento da pessoa interessada que acompanhou todo o processo, ir vendê-lo com uma pequena comissão de processamento, se se pode chamar assim. Como forma também de agradecer a paciência e interesse da cliente em manter a encomenda via loja. Não se ganham todas, mas não queremos deixar de conseguir responder às necessidades dos clientes. Mesmo se por vezes demoramos algum tempo...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Divulgação Oferta de Emprego: Recrutamento – Consultor/a júnior (Energia) – Lisboa

A INTELI pretende recrutar um/a consultor/a júnior para o Programa de Energia. Esta pessoa, que
será responsável por conduzir autonomamente algumas actividades dos projectos em que participar, deverá ter um bom conhecimento do sector de energia (e ambiente) e reunir as seguintes características (ver imagem acima)...

Apresentação de candidaturas
 
Envia a tua Carta de Motivação e o teu CV para Miguel Pinto (mpinto(a)inteli.pt) até ao dia 28 de Março de 2011.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Manuais de referência na Construção de Menor Impacto Ambiental

Os livros The Green Building Bible Volume 1 e 2 são livros de referência na construção de menor impacto (chamada verde ou eco). Contêm informação essencial e técnica sobre as estratégias e sistemas necessários para criar edifícios e áreas envolventes de baixo consumo energético e de recursos em todo o seu ciclo de construção e utilização.

Permaculture - A Designers' Manual de Bill Mollison

O livro Permaculture - A Designers' Manual foi escrito por Bill Mollison em 1988 e é considerado o manual de referência para a prática de agricultura.

Chegaram à loja mais livros de agricultura, permacultura, transição e auto-suficiência e este foi um deles. É a primeira vez que o temos na loja, daí a menção especial.

Divulgação: Seminários Património Científico Português 2011

O Museu de Ciência da Universidade de Lisboa e o Centro Inter Universitário de História das Ciências e da Tecnologia – Pólo de Lisboa organizam um "ciclo de Seminários dedicado à divulgação, reflexão e perspectivas futuras das colecções, arquivos e espaços edificados associados à memória da investigação e ensino das ciências em Portugal".

As sessões decorrem sempre às 17h00 no Anfiteatro Manuel Valadares do Museu de Ciência, com excepção da sessão do dia 24 de Março. Ver mais informações aqui:

Programa:

 24 Março - O Património do Museu das Comunicações - Cristina Weber (Junto ao Museu das Comunicações, com visita guiada)

13 Abril - O Património do Museu de Medicina - da Universidade do Porto - Amélia Rincón Ferraz

19 Maio - Projecto do Museu Virtual do Ministério da Educação -Paula Telo

16 Junho - O Património do Hospital de Santo António Porto - Sónia Faria

8 Julho - O Património do Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa - Madalena Esperança Pina

29 Setembro - O Património do Instituto Oftalmológico Gama Pinto - Maria Luísa Coutinho Santos
 

20 Outubro - O Património do Museu da Medicina - Manuel Valente Alves

17 Novembro - Projecto Baú da Física e Química - Isabel Malaquias
 
15 Dezembro - O Património da Escola Secundária de Portalegre - Marcolina Guerra

terça-feira, 15 de março de 2011

Encontro Humanista de Março 2011: Passagem do Documentário "The Nature of Existence"

http://vimeo.com/18178226


"No próximo dia 16 de Março, pelas 20:00, irá realizar-se mais um dos encontros Ateístas e Humanistas, que se costumam realizar mensalmente (terceiras quartas feiras de cada mês). Desta vez, o encontro é especial, pois iremos passar o documentário “The Nature of Existence“, e contaremos com a posterior presença do Director do mesmo Roger Nygard, via Skype.
O encontro é na Loja de História Natural, em Lisboa, sendo que se pede a todos os que queiram estar presentes para confirmar na página do Meetup dos Encontros Ateístas e Humanistas.


Sinopse do Documentário:

What if you asked the religious experts, gurus, scientists, and atheists of the world why we exist, and what are we supposed to do about it? What started the Universe, and was it a mistake?

Does God exist, and why does he seem so interested in our sex lives? Who do you think wins that debate? After exploring the phenomenon of Trekkies, filmmaker Roger Nygard journeyed to the source of each of the world’s belief systems, to find people who have influenced, inspired, and freaked out humanity…

Including high-profile atheists such as Stanford physicist Leonard Susskind (co-discoverer of string theory), Harvard Psychologist Daniel Gilbert (author, Stumbling on Happiness), actor/monologist Julia Sweeney (Letting Go of God), film director Irvin Kershner (Star Wars: The Empire Strikes Back), Ann Druyan (author and wife of the late Carl Sagan), evolutionary Biologist Richard Dawkins (The God Delusion), and many more…."

Ver aqui.

Quem identifica estas estruturas?

Mineral, vegetal ou animal? E o que são? A pessoa que tirou esta foto recebeu estes objectos como oferta de alguém que os comprou no Brasil.

Sugestões?

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ano Internacional das Florestas: Sobreiro a árvore nacional de Portugal


As associações Árvores de Portugal e Transumância e Natureza iniciaram debaixo do sobreiro do Cachão (acima) um movimento de apoio à proposta de classificar o sobreiro Quercus suber como Árvore Nacional de Portugal. Para tal, lançaram uma petição pública online e o blogue Sobreiro - Árvore Nacional de Portugal.

"Este sobreiro, classificado, desde Março do presente ano, como árvore de interesse público, situa-se nos terrenos da Faia Brava, a primeira Área Protegida Privada de Portugal, gerida pela própria Associação Transumância e Natureza.

Possui 16 metros de altura, o diâmetro médio da copa ronda os 20 metros e possui, aproximadamente, 4 metros de perímetro de tronco à altura do peito (PAP).

Com uma idade estimada em 500 anos, é um dos muitos motivos de interesse que o aguardam na Faia Brava
." Ler aqui.

E razões não faltam para elevar o sobreiro a árvore nacional (muitas delas enumeradas e explicadas na petição). Bom era que todos os municípios pensassem em ter flores ou árvores municipais, incentivando o conhecimento e gosto pelo património vegetal das suas áreas. As fotos foram retiradas do blog de apoio à petição.

No livro Do Tempo e da Paisagem de Henrique Pereira dos Santos, e que apresentámos recentemente na loja, pode-se ler no seu primeiro capítulo:

"Do Território

António Monteiro insiste em dizer que o sobreiro deveria ser a árvore nacional.
Não sei se devemos ter uma árvore nacional (...). Mas seguramente o sobreiro é um bom ponto de partida para falar do território de Portugal.
(...)
Sigamos então o sobreiro que vamos encontrar por todo Portugal, com excepção das serras mais elevadas e do interior do Alentejo e mais alguns retalhos, aqui e ali, sem grande expressão.
O sobreiro não é uma árvore do Alentejo ou do Sul; o sobreiro é uma árvore da fachada litoral da Península Ibérica, com prolongamentos por grande parte do litoral espanhol. (...)
Sem intervenção humana, haveria mais sobreiros no Minho que no interior do Alentejo, onde é substituído pela azinheira." pp 13-15

Recomendamos, por isso, a leitura do livro e a assinatura da petição.

Fora do Baralho: Novos sinais de Trânsito. Já conhecem?

Texto de abertura do Decreto Regulamentar n.º 2/2011 de 3 de Março: 

"O presente decreto regulamentar cria novos símbolos e sinais de informação relativos
i) à cobrança electrónica de portagens em lanços e sublanços de auto-estradas e
ii) aos radares de controlos de velocidades.

Em primeiro lugar, são criados novos sinais destinados a avisarem o utente de que se encontra numa área sujeita à cobrança electrónica de portagens.
 
(...)
 
Em segundo lugar, são aprovados novos sinais destinados a avisar o utente de que este se encontra numa área de fiscalização automática de velocidade."

Porque é que isto pode ser relevante aqui? Bom, o controlo de velocidade, por desagradável que possa ser, leva a uma diminuição da velocidade média, da sinistralidade e do consumo de combustível, levando a uma contenção nas importações de petróleo e seus derivados (bom para as contas do país) e a uma contenção na emissão de gases que contribuem para o efeito de estufa.

Concordem ou não, estão avisados!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Estamos no Ano Internacional do Morcego


Foi feito o lançamento oficial em Portugal do Ano do Morcego 2011-2012, com direito a página na net.

No artigo sobre o tema da Ecosfera pode ler-se: "Actualmente existem em Portugal 27 espécies de morcegos, três das quais ameaçadas (Morcego-de-ferradura-mediterrânico, o Morcego-de-ferradura-mourisco e o Morcego-rato-pequeno). (...) A comunidade científica mundial conhece actualmente 1200 espécies de morcegos – que totalizam cerca de um quinto de todos os mamíferos -, metade das quais está ameaçada de extinção."

Temos na loja alguma literatura sobre morcegos. Infelizmente, o livrito à esquerda, o oitavo volume da colecção Handbook of the Mammals of the World ainda demorará a sair - o segundo volume é publicado em Julho de 2011. Mas temos um igualmente impressionante para a Europa. Chama-se "Bats of Britain, Europe & Northwest Africa" e inclui 51 espécies de morcegos.

E existe o Pequeno Guia dos Morcegos, publicado pela FAPAS e que também por cá está.

Por último, para mais informações, consultem, por exemplo, o blog Morceguismos ou este artigo de onde retirámos a ligação a este pequeno vídeo.

Grow Your Own Drugs

Grow your own Drugs - Easy recipes for natural remedies and beauty treats  de James Wong
You heard it, Baby! ;-) Mas não dessas, pá! A ideia é ensinar a fazer umas mezinhas muito úteis no dia-a-dia.

Por exemplo, sofre de pés frios? Que tal uma receita de óleo palmar de mostarda e malagueta?

500 ml de óleo de girassol
2-4 malaguetas frescas e inteiras
50 gr de gengíbre fresco
50 gr de pimenta preta
50 gr de mostarda em pó

1. Num recepiente de banho-maria coloque o óleo de girassol, as malaguetas cortadas, o gengibre, pimenta e mostarda. Mexer. (...)

Quer saber mais (sou tão mau...). Temos livro e temos o DVD da série! :-)

É comum verem-se poupas em Lisboa?

A nossa leitora fotografou esta poupa Upupa epops (um dos nomes em latim que mais gozo me dá dizer) em Lisboa, mas não se lembra de ter visto uma anteriormente. E pergunta:  é habitual verem-se poupas em Lisboa?

quarta-feira, 9 de março de 2011

Bicharada é connosco, eu sei, mas pregaste-me cá um susto!


PS - O tamanho da criatura pode não impressionar mas pregou-me um valente susto quando me apareceu à frente dos olhos. E não fui eu que lhe arranquei uma pata!

terça-feira, 8 de março de 2011

Brincadeira de Carnaval I: editora quer vender-me livros mais caros do que vende ao público

Isso mesmo, perceberam bem. E não é só durante as feiras do livro, em que os editores vendem livros directamente ao público muito mais baratos do que vendem às livrarias. Isto passa-se todo o ano.

Imaginem o seguinte cenário. Um produtor de ovos achega-se a uma cadeia de supermercados - com cantigas, cartões ou talões, tanto faz - e diz que lhes fornece os seus lindos ovinhos a 7 cêntimos a unidade, e que o preço de venda ao público é de 10 cêntimos a unidade.  A dita cadeia, ao ir visitar a página na net deste fornecedor, descobre que este vende directamente ao público os mesmo ovos a 6 ou 7 cêntimos.

Esta cadeia diria, com certeza, que não só o desconto inicial proposto era insuficiente como está completamente fora de questão o público ser fornecido directamente mais barato. Como é que a dita cadeia poderia apostar na divulgação de um produto que depois seria muito mais barato comprar directamente ao fornecedor?

Pois é. O mercado do livro está cheio destas incongruências. Não admira que livreiros (e editoras) vão à falência uns a trás dos outros.

Esta editora vende livros online directamente ao consumidor a preços mais baratos do que nos quer vender enquanto livreiros. Ou seja, eu ajudava a divulgar os livros e depois as pessoas iam comprar na net muito mais barato. A resposta foi, como imaginam, stuff it, pardon my english, que eu às vezes estala-me o verniz...

E assim vai o mercado do livro em Portugal. Muitas editoras portuguesas - grandes e pequenas - andam completamente almareadas sobre o que andam por cá a fazer.

Claro que depois é preciso a APEL garantir feiras do livro de Lisboa e Porto cada vez mais longas, e impor regras de exclusividade para as editoras, para estas - que muito fazem, consciente ou inconscientemente, para levar livrarias à falência - irem escoar o que não conseguiram vender. E tudo isto com apoio de dinheiro público por supostamente estarem a prestar um serviço à população e à cultura. E lá estarão os do costume a elogiar a feira do livro e o seu movimento, ignorando completamente que livrarias saudáveis, de porta aberta todo o ano, são um serviço público muito mais importante do que 3 semanas de mercado de livros.

Mas há mais, claro. Depois de, anos a fio, arrasarem com os pontos de venda, - que afinal até lhes fazem falta - Leyas e Portos Editoras tentam agora ser elas próprios os pontos de venda. Seria cómico se não fosse trágico. Estas editoras acham mesmo que conseguem competir consigo próprias. Vai ter alguma piada ver a Buchholz e as Bertrands às moscas enquanto a Leya e a Porto Editora vendem os seus livros com 40 e 50% de desconto na feira do livro. Pode ser que percebam a incompatibilidade do modelo de negócio que querem impor. Talvez venham a perceber que quem arruína a sua rede de distribuição - própria ou alheia - tem pouca chance de se dar bem.

(mas sobre a feira do livro há mais a dizer depois; nós estamos inscritos, num acto de loucura colectiva de todo o pessoal gerente da empresa)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Cascais-Sintra: A Pé pela Paisagem (Walks in the Countryside)

Digam lá se este livro não fazia falta? O terceiro livro de Martin Sirovs sobre a área de Cascais-Sintra acabou de ser publicado e está aqui na loja em primeiríssima mão. São 33 mapas com 34 caminhadas sugeridas. "Cada um destes mapas é seguido por fotos e textos que tratam os pontos de interesse. São incluídos igualmente 8 mapas que mostram 14 caminhadas sinalizadas pelas entidades oficiais." São 363 km de caminhos à sua espera.

"The book contains 33 maps. Of these, 25 are maps showing the author's favourite areas for walking, with 34 suggested walks totalling 249 km. Each of these maps is followed by photos and text dealing with points of interest. Also included are 8 maps showing 14 "official" sign-posted walks (114 km) (...)".

quinta-feira, 3 de março de 2011

Uma excelente iniciativa. Mas é preciso dar prémios?


Uma interessante iniciativa da Gulbenkian: Ambiente. Porquê ler os clássicos. Para recordar alguns clássicos da literatura sobre o ambiente, como Walden, Silent Spring, Sandy County Almanac, Small is beautifull, The limits of Growth e Our Common Future. Ver programa aqui.

Claro que não podia deixar de fazer dois (ou três) pequenos comentários. Primeiro, temos vários destes livros aqui na loja. Segundo, para estimular a participação é possível inscrever-se num clube de leitores para cada uma das apresentações. Mas. Terceiro, o primeiro orador será Viriato Soromenho Marques (que deve ser o único elemento e solista da Orquestra Sinfónica de Ambiente da Gulbenkian, está em todas). Quarto, serão distribuídos prémios pelos leitores que mais participem num fórum online. Ora, se me pagassem por falar ou escrever demais com regularidade, estava rico (como aliás prova o facto de terem sido, afinal, quatro comentários, mea culpa).

Percebem o que estava a dizer sobre em Portugal se darem coisas a mais? É mesmo preciso oferecer um Kindle (primeiro prémio) ao comentador que mais inunde o forúm online de comentários (comentários de qualidade, claro)? Não basta deixar as pessoas dizerem o que têm a dizer, sem cenouras? Para já não falar do segundo e terceiro prémios: vales da FNAC! Esta doeu...

E maradona, já sabes, estás a dever um Kindle ao O mais peor.

Por último, tudo isto é patrocinado pela Embaixada Estadunidense de Lisboa. Agora, meus senhores, perguntem lá na Fnac se eles vendem um mapa do mundo centrado no Pacífico, como nós vendemos? Mas afinal andamos a dar graxa para quê?!

Uma verdadeira chinfrinada! São mais de 40 chamarizes diferentes!

Acabámos de receber de França mais de 40 diferentes chamarizes de aves, do pardal ao melro, passando por narcejas, perdizes, trepadeiras, poupas, andorinhas, etc., etc. Há por aí algum compositor interessado em compor uma sonata para chamarizes?!

As últimas duas apresentações de livros


Apresentação do livro "Flora da Área Cársica do Conselho de Sesimbra" com a presença da Dra. Ana Isabel Correia, do Jardim Botânico de Lisboa, e de Francisco Luís Rasteiro do Núcleo de Espeleologia da Costa Azul. (antes de algumas mudanças na loja, com o balcão no local antigo).


Apresentação do livro "Do Tempo e da Paisagem - Manual para Leitura de Paisagens" com a presença do autor Henrique Pereira dos Santos, que colabora, por exemplo, com o blog sobre ambiente Ambio. (depois do balcão ter mudado para o novo local).

Não posso deixar de agradecer aos autores a sua generosidade em participarem nestas apresentações. Estas apresentações deveriam ser pagas. Por nós ou pela editora, mas principalmente por nós. O facto de isto não se fazer em Portugal não torna menos verdade este facto. Nós aqui na Loja não temos nem capacidade financeira para o fazer, nem o público português está habituado a ter de pagar pelo que gosta. Em Portugal dão-se coisas a mais. Lembro-me de em Santa Barbara, Califórnia, ter comprado bilhetes para ouvir em dois dias diferentes dois autores que me interessava ouvir. Isso, comprado bilhetes. As apresentações foram no auditório da universidade e a lotação estava esgotada. À porta vendiam-se os habituais bilhetes sobrevalorizados para pessoas desesperadas por conseguir um lugar, como se tratasse de um concerto de U2. Mas não era. Eram dois autores que iam ler alguns contos dos seus últimos livros e responder a perguntas.

Por isso, às vezes pergunto-me se agradeço o suficiente aos autores por aceitarem de bom grado fazerem pro bono estas apresentações! Obrigado.

Parabéns Colégio Militar

Parabéns Colégio Militar pelo teu ducentésimo oitavo aniversário. São os votos do Lérias, ex-102/84.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Conselhos Agrobio: Mês a mês na horta - Março

Os sócios (nós somos) da Agrobio - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, recebem este boletim mensal para ajudar a planear as tarefas na horta. Desta vez partilhamos convosco, mas nada como se fazerem sócios. E podem ir seguindo estes conselhos no blog O Quintal Bio. Eis o boletim deste mês:


Mês a mês na Horta Bio: Março

Inicia-se o período de grande azáfama na horta! Semeia-se agora o grosso das culturas de Primavera e é necessário mondar as adventícias e regar com regularidade.

SEMENTEIRAS E PLANTAÇÕES:

No Norte: Semeie abóbora, alface, beterraba, cenoura, couves, ervilha, espinafres, feijão, melancia, melão, nabiças, rabanetes, salsa e tomate. Plante: batata, cebola (sementeira de meados de Novembro), couves e espargos.

No Centro: Semeie abóbora, alface, alho-porro, beterraba, cebola, chicória, couves, ervilha, espinafres, feijões, melancia, melão, nabiças, nabo,pepino, rabanete, salsa e tomate. Plante alho-porro (semeado em Fevereiro), batata, cebola, couve-portuguesa, couves repolho e lombarda (sementeira de Dezembro) e tomate (semeado em Janeiro).

No Sul: Abóbora, batata, couves, ervilha, feijão, melancia, melão, nabiças, pepino e tomate. Plante: batata, couves, pimento e tomate.

Planeamento da Horta

ALFOBRES OU VIVEIROS

1. Escolha do local

A horta deve ter um lugar abrigado, dedicado à obtenção de plântulas das espécies que não são semeadas em local definitivo [ver métodos de obtenção de plântulas por espécie no blog O Quintal Bio].

Caso não disponha de estufa ou estufins, escolha um lugar abrigado dos ventos frios dominantes (p.e. junto a um muro ou sebe), com um bom número de horas de exposição solar e protegido contra as intempéries e as baixas temperaturas de Inverno. Uma fileira de árvores de fruto de folha caduca permite proteger o alfobre contra o sol excessivo na Primavera e Verão.

Tenha em conta que algumas espécies são exigentes em calor para a germinação - ex. pimento, beringela, begónia, precisam de temperaturas de 21ºC; tomate e abóboras precisam de temperaturas de 15ºC para germinar.

2. Sementeira

Os recipientes onde é realizada a sementeira devem ser cheios até 9/10 com uma mistura de elementos finos e fibrosos (ex. ¼ terra + ¼ saibro ou vermiculite + ½ composto obtido de resíduos vegetais), podendo também utilizar-se substratos comerciais para Agricultura Biológica. Semeie numa mistura ligeiramente húmida. Uma camada de gravilha fina por cima, embora não sendo indispensável, permite manter as sementes no local aquando da rega. Recubra os recipientes com vidro, plástico ou papel húmido – protecção esta que deve ser retirada após a germinação.

Para as hortícolas mais pequenas (ex. cebola, alface, brócolos, couves), a sementeira pode ser feita num tabuleiro e as melhores plantinhas obtidas são depois repicadas para vasos individuais, onde se desenvolvem até à transplantação. A repicagem deve ser feita na altura em que surgem as primeiras folhas verdadeiras (a seguir aos cotilédones, que são parecidos com folhas mas não têm o formato típico das folhas da espécie). 4 semanas mais tarde as plantas precisam de um pouco de fertilizante, que pode ser chorume de urtiga* (1kg plantas inteiras para 10 litros de água, deixar durante 1-2 semanas) ou vermicomposto diluído na razão 1:9 (volume).

Hortícolas maiores, como o tomateiro, a beringela, a abóbora, o pimento, o melão, o feijão, a ervilha, devem ser semeadas directamente em vasos individuais. Atenção às espécies que não toleram bem a manipulação das raízes e devem ser semeadas em vasos biodegradáveis (ver blog).

Pode ser útil para facilitar a germinação, particularmente para feijões, ervilhas, abóboras, melão e cenouras, imergir as sementes em água morna durante 24 horas antes de as semear.

Entre a sementeira em alfobre e a plantação em local definitivo, conte com 6 a 8 semanas para o desenvolvimento das plantinhas.

Manter um diário das datas de sementeira, datas de germinação, origem das sementes permitirá, ao longo do tempo, melhorar os métodos de sementeira e identificar sementes com melhor poder germinativo.

3. Produção das próprias sementes

Se quiser reutilizar as sementes, assegure-se de que não se trata de variedades híbridas (cujas sementes dão resultados muito heterogéneos, com diminuição da produção e da resistência às doenças). Deixe amadurecer as sementes antes de as recolher.

Abóboras, girassóis, tomateiros e melancias amadurecem quando o fruto está pronto para a colheita. Devem ser lavadas, para remoção da polpa, colocadas sobre papel absorvente e secas ao sol (2 semanas ou mais). Sementes em vagens (ervilha, feijões) devem deixar-se amadurecer na vagem, até que esta enrugue e amareleça, deixando-se depois secar bem ao sol.

A produção das próprias sementes permite-lhe ir seleccionando as características que deseja encorajar nas suas culturas, escolhendo como progenitoras as plantas que têm essas mesmas características. Para as culturas cuja semente pretende aproveitar deverá semear apenas uma variedade, evitando os riscos de polinização cruzada que ocorre com muitas espécies hortícolas e que irá descaracterizar a descendência da variedade que pretende seleccionar.

Há vida em Março!

E ainda bem. Ufa.

Pré-encomenda do Volume 2 do Handbook of the Mammals of the World

Sai já em Julho de 2011 o segundo volume do Handbook* of the Mammals of the World (HMW), dedicado aos ungulados. Se fizer uma pré-encomenda deste volume até 15 de Junho de 2011 paga apenas 125€ em vez de 160€, que será o seu preço depois desta data.

E se ainda não tem o primeiro volume, pode também fazer a compra destes dois volumes pelo preço especial de 250€. Oferta válida até a mesma data.

Note-se que estes são os preços online da editora em Espanha. Nós mantemos o mesmo preço, absorvendo o diferencial do IVA e os custos de envio, como aliás já fazemos com os volumes individuais ou em conjunto da HMW e da colecção Handbook of the Birds of the World.

Se quiser encomendar, ou tiver alguma questão, contacte-nos!

* o termo Handbook é algo ambicioso, talvez se aplique se for jogador de basquetebol americano...