quarta-feira, 9 de maio de 2012

Visita Guiada às Árvores do Parque Eduardo VII, Lisboa: 12 e 13 de Maio de 2012, 16h00


Visita Guiada às Árvores do Parque Eduardo VII, Lisboa:

- Sábado, 12 de Maio de 2012, 16h00
- Domingo, 13 de Maio de 2012, 16h00

O Parque Eduardo VII é o maior parque do centro de Lisboa. Com mais de 50 espécies de árvores espalhadas por 26 hectares, muitas são as razões para explorar este espaço verde. O parque guarda  muitas espécies exóticas, como eritrinas e belas-sombras, mas também exemplares das árvores e arbustos que constituíam a vegetação natural das colinas de Lisboa, como carvalhos-cerquinho, freixos e adernos-de-folha-larga.

Nesta visita, proponho-lhe que desfrute do sol deste final de semana e venha explorar calmamente as colinas do Parque Eduadro VII, num passeio de hora e meia onde olharemos para as árvores, para as identificar e conhecer. Com a chuva que finalmente caiu em Abril, as árvores estão bonitas, cheias de novas folhas, muitas ainda em flor. A visita terá início no topo Norte do parque e iremos dar uma volta ao redor do eixo central, onde decorrem os últimos dias da Feira do Livro de Lisboa.

O Parque sem Nós

O que aconteceria ao parque se nós, humanos, desaparececemos? Como iria evoluir a vegetação? Ao longo da visita tentaremos também encontrar as árvores que se estão a reproduzir naturalmente e tentaremos imaginar como seria o Parque Eduardo VII sem controlo humano.

A visita será orientada por Rui Pedro Lérias e tem o custo de 4€. O Ponto de encontro é no Monumento ao 25 de Abril, da autoria de João Cutileiro, que se encontra no topo Norte do parque, excelente miradouro sobre Lisboa. Não é necessária inscrição prévia, mas para melhor planear a visita, pedimos que nos indiquem da vossa intenção de ir para o email lojadehistorianatural@gmail.com. É sempre bom ter uma ideia de quantas pessoas se esperam (para saber se levo megafone!).


Ponto de encontro: topo Norte, perto da estátua homenagem ao 25 de Abril de João Cutileiro. Não necessita de inscrição prévia.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Rebentar de touça

Algumas plantas têm a capacidade de rebentar de touça ou raíz depois de perderem os seus caules ou parte aérea. O processo demora algum tempo, a planta tem que reorganizar os seus tecidos, mudar os investimentos energéticos, ultrapassar aquela quebra catastrófica.

Nem todas as plantas o conseguem fazer com sucesso. Por vezes fazem-no cedo demais, investem tudo num canto do cisne que não resulta. E a planta morre. Outras espécies demoram mais tempo mas fazem-no com sucesso.

Nestas plantas, as raízes e a base do caule - a touça que resta depois de um incêndio ou abate de uma árvore - começam, pouco a pouco, a fazer inchar gemas que antes estavam dormentes e, se tiverem vigor suficiente, em breve rebentam de touça, lançam novos ramos, reaparecem. Com folhas novas e verdes e brilhantes e espectaculares.

Acontece depois de incêndios, por exemplo, principalmente quando a temperatura não atingiu níveis demasiado altos. E está a acontecer com a Loja de História Natural que encerrou antes que o fogo tudo queimasse.

Março foi duro. Logisticamente e emocionalmente. Abril passou rápido, comigo a reorganizar o stock - a loja está dividida por uma casa e duas arrecadações. Mas, devagarinho, começo a sentir algumas gemas dormentes a inchar e a querer rebentar. Tem sido aos poucos. O fascínio de receber duas encomendas para clientes. O sol que tenho sentido com alguns pedidos que chegam por email. Se as primeiras horas de retorno ao trabalho no computador foram duras, começam agora a passar mais rápido. Volto a sentir,  finalmente, a fome de fazer coisas.

Just you wait, Henry Higgins, just you wait!

Esperem mais um bocadinho. Obrigado pela companhia.