terça-feira, 8 de junho de 2010

Quem diria que da EMEL viria algo de bom?!

A EMEL bloqueou um carro à porta da loja. O dístico de residente estava caducado.

Somos a favor do controlo do parqueamento na cidade de Lisboa, e não é a EMEL que faz os seus regulamentos, mas parece-nos que 90€ e duas horas de espera por ter o dístico caducado é excessivo. Um residente com o dístico caducado deveria ter oportunidade de provar que continua a ser residente e pagar uma coima muito mais baixa. Ser residente e estar atrasado com a burocracia (porque não se teve oportunidade para estar horas à espera na única loja da EMEL de Lisboa) é diferente de não ser residente e, por isso, pensamos que deveria haver tratamento diferenciado. Fica sempre a impressão que é o dinheiro que fala mais alto e não uma preocupação por racionalizar o estacionamento.

Mas... enquanto esperava pelo EMEL, o condutor do veículo entrou na loja e comprou um mapa do mundo mural, de 100 x 136 cm, plastificado, por uns meros 31,06€. O seu tamanho irá dominar toda uma parede e será uma excelente forma para registar viagens, eventos, amigos espalhados pelo mundo. Eis a foto do mapa vendido:


Mas ainda por cá há muitos outros mapas, de continentes ou de países, do mundo ou do espaço, com dinossáurios ou com o território de Portugal no tempo dos romanos, plastificados ou não. Como um mural da Via Láctea com 79 x 51 cm, ou um mural plastificado do Monte Everest e dos Himalaias com 59 x 96 cm, ambos da National Geographic. Ou mesmo outro mapa do mundo igual ao anterior mas ... ligeiramente diferente:



Porque o Norte estar em cima e o Sul em baixo é apenas uma convenção. O Mundo também pode ser representado desta forma, com os pinguins a mergulhar onde antes víamos ursos-polares e os ursos a caçar focas ainda com o cheiro de pinguins no ar. Mas para quê representar assim o planisfério, simplesmente para ser diferente? Penso que não. Começa por ser um excelente exercício mental termos que abordar temas que nos são familiares de outra perspectiva, contribuindo para atrasar eventuais perdas de 'celulazinhas cinzentas' como diria um certo Belga que, de acordo com o registo literário, também era um enorme desafio geográfico para os Europeus do seu tempo. Mas é também uma forma de combater ideais formadas sobre o mundo desenvolvido 'em cima' e o 'terceiro' mundo 'em baixo', ou de que os rios 'normalmente' vão de 'cima' para 'baixo', entre outras questões. Outros mapas existem, por exemplo, que colocam o Oceano Pacífico, em vez do Atlântico, no centro, desafiando mais uma vez a concepção cristalizada do mundo geográfico.

Moral da história: também mapas por aqui não faltam, como iremos mostrando no blog ao longo do tempo (e aqui vai uma dose de charme para cima dos leitores e uma piscadela de olhos, como quem convida para passarem por cá...).

Mas hoje vendemos o primeiro mapa mural e devemo-lo ... à EMEL.

2 comentários:

  1. Gostei de ver os mapas que estão a comercializar, que realmente são diferentes e muito interessantes.

    Quanto à EMEL e às multas passadas a quem tem distico de residente caducado, gostava de transmitir uma informação.

    Conhecendo o ritmo de vida da cidade e em especial de alguns residentes de Lisboa que por vezes se esqueciam de renovar o dístico na data definida, a EMEL passou a enviar para casa dos residentes 2 a 3 semanas antes do fim da validade do dístico, um postal que relembra que essa data está a chegar e informa o que deve fazer para renovar o dístico.

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  2. Caro Diogo,
    Muito obrigado pelo comentário. Esperamos continuar a diversificar a nossa oferta de mapas!
    Em relação à EMEL, tem razão, os residentes são lembrados, mas penso que, visto a EMEL ter sido criada em parte para benefício dos residentes, a penalização por um dístico caducado é um pouco excessiva. A última vez que fui tratar do meu dístico estive mais de 4 horas na loja da EMEL, a vontade de lá ir não abunda!
    Mas tem razão, idealmente não se deveria deixar o dístico caducar.

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