sexta-feira, 11 de março de 2011

Ano Internacional das Florestas: Sobreiro a árvore nacional de Portugal


As associações Árvores de Portugal e Transumância e Natureza iniciaram debaixo do sobreiro do Cachão (acima) um movimento de apoio à proposta de classificar o sobreiro Quercus suber como Árvore Nacional de Portugal. Para tal, lançaram uma petição pública online e o blogue Sobreiro - Árvore Nacional de Portugal.

"Este sobreiro, classificado, desde Março do presente ano, como árvore de interesse público, situa-se nos terrenos da Faia Brava, a primeira Área Protegida Privada de Portugal, gerida pela própria Associação Transumância e Natureza.

Possui 16 metros de altura, o diâmetro médio da copa ronda os 20 metros e possui, aproximadamente, 4 metros de perímetro de tronco à altura do peito (PAP).

Com uma idade estimada em 500 anos, é um dos muitos motivos de interesse que o aguardam na Faia Brava
." Ler aqui.

E razões não faltam para elevar o sobreiro a árvore nacional (muitas delas enumeradas e explicadas na petição). Bom era que todos os municípios pensassem em ter flores ou árvores municipais, incentivando o conhecimento e gosto pelo património vegetal das suas áreas. As fotos foram retiradas do blog de apoio à petição.

No livro Do Tempo e da Paisagem de Henrique Pereira dos Santos, e que apresentámos recentemente na loja, pode-se ler no seu primeiro capítulo:

"Do Território

António Monteiro insiste em dizer que o sobreiro deveria ser a árvore nacional.
Não sei se devemos ter uma árvore nacional (...). Mas seguramente o sobreiro é um bom ponto de partida para falar do território de Portugal.
(...)
Sigamos então o sobreiro que vamos encontrar por todo Portugal, com excepção das serras mais elevadas e do interior do Alentejo e mais alguns retalhos, aqui e ali, sem grande expressão.
O sobreiro não é uma árvore do Alentejo ou do Sul; o sobreiro é uma árvore da fachada litoral da Península Ibérica, com prolongamentos por grande parte do litoral espanhol. (...)
Sem intervenção humana, haveria mais sobreiros no Minho que no interior do Alentejo, onde é substituído pela azinheira." pp 13-15

Recomendamos, por isso, a leitura do livro e a assinatura da petição.

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