quarta-feira, 24 de julho de 2019

Uma proposta integrada para a Saúde

Nos últimos dias temos assistido a uma troca de galhardetes entre o Governo e a Ordem dos Médicos sobre a Formação Médica e outros problemas que afectam a Saúde em Portugal. Neste texto apresento uma proposta integrada que poderia dar uma resposta única a dois problemas distintos e satisfazer algumas das preocupações levantadas.

Problema 1 - Carências temporárias de médicos

No presente, quando os médicos se ausentam do seu posto de trabalho de forma prolongada (digamos, mais de um mês) - seja por licença de maternidade, licença sem vencimento, o que for - os serviços não têm forma de colmatar essas necessidades temporárias e, muitas vezes, acumulam-se ausências e os serviços ficam severamente desfalcados, sem a presença durante meses de uma percentagem significativa dos seus profissionais.

Problema 2 - Número crescente de médicos que não consegue vaga para o Internato da Especialidade (Formação Específica)

A forma como está pensado o acesso à Especialidade pelos Médicos está cristalizada num tempo em que o SNS estava em franca expansão, o número de alunos de Medicina em Portugal era absurdamente baixo e não viviamos num mundo global.
Havia vagas para a Especialidade para todos e sobravam e a inadequação da Prova Nacional de Seriação como critério único de acesso pouco importava. Hoje a situação é muito diferente, acumulam-se médicos recém formados sem acesso a uma Especialidade e que se sentem presos num limbo, e qualquer médico formado fora de Portugal pode concorrer (tornando a discussão sobre numerus clausus uma distracção).

Apesar das mudanças recentes ao formato da PNS e a futura inclusão da média de curso como critério de seriação, a verdade é que o sistema está pensado para um tempo que já não existe. Não só o perfil em idade e formação prévia do recém formado em Medicina está a mudar - e ainda bem - como a probabilidade de uma recém formado não conseguir acesso à Especialidade logo após a sua formação é elevada. Com uma prova uniforme, que selecciona capacidades muito específicas, o grupo de médicos que pior se adapta a esse tipo de prova - que convenhamos, vive essencialmente da memorização pura, mesmo no novo formato - terá dificuldades crescentes de ano para ano, e muitos acabarão por emigrar, constituindo uma perda de mão-de-obra especializada de que o país muito necessita.

Ao mesmo tempo, o desfasamento temporal obrigatório de um ano entre a realização da prova e o concurso de acesso à Especialidade para o qual a nota é válida e a própria caducidade da nota obtida, apenas válida para um concurso, é um resquício de um tempo em que o percurso dos médicos era uniforme e uniformizante e dificulta muito aos jovens médicos viverem novas experiências e alargarem horizontes antes de iniciarem a sua Formação Específica.

A proposta

A proposta que apresento é bastante abrangente e tenta dar uma resposta integrada a estes dois problemas. Muito pouco nela é original. Limito-me a adaptar à realidade da Saúde aquilo que já se faz há muitos anos na Educação e que não vejo porque não se possa fazer na Saúde.

Todos os anos, na Educação, é organizado um concurso nacional em que os professores sem vínculo permanente interessados em concorrer para trabalhar no ano lectivo seguinte começam por declarar os seus dados e habilitações e são seriados nacionalmente de acordo com vários critérios. Essa lista anual de ordenação permite verificar os dados individuais e seriar os professores de forma aberta e pública. Essa lista nacional tem a validade de um ano e é a base para os concursos de contratação anual das escolas. As listas são organizadas por Grupo de Recrutamento - História, Biologia, Matemática, etc. - e por Grau de Ensino. Os professores podem concorrer a uma Grupo de Recrutamento com habilitações que vão de uma habilitação mais geral a habilitação específica para o grupo.

Ao longo do ano, são abertos concursos de acordo com as necessidades das escolas e os professores são seleccionados de acordo com a sua posição nas listas e de acordo com as suas preferências por área geográfica, carga horária e duração do contrato. Desta forma, as escolas têm um mecanismo para preencher as suas necessidades anuais ou temporárias e a contratação é sujeita a critérios transparentes e nacionais.

O mesmo deveria ser feito na Saúde.

Para tal deveria começar-se por introduzir duas mudanças à PNS. A primeira era a atribuição de um percentil de seriação da nota obtida em vez de ser simplesmente atribuída uma nota na prova. A atribuição de um percentil do resultado conseguido em relação aos candidatos desse ano, permitiria a comparação e seriação pluri-anual de notas.

Uma dos argumentos para a caducidade da nota na PNS é de que a prova deverá ser igual para todos e como a prova muda todos os anos, deverá ser feita todos os anos. Mas a prova é mais difícil ou mais fácil de forma igual para todos os alunos de ano para ano. A média de resultados muda mas o percentil de ordenamento de um candidato mantem-se estável. Ao atribuir um percentil de seriação consegue-se fazer comparações pluri-anuais e não há razão para o percentil conseguido numa prova feita em 2020 não poder ser usado numa candidatura em 2025.

Com esta alteração, a relação actual obrigatória entre uma PNS e um concurso à Especialidade, a decorrer um ano depois, é interrompida. Os candidatos passariam a poder fazer a prova, guardar a nota e fazer a pausa de um ou mais anos na sua formação formal em Medicina para fazer trabalho comunitário, viajar, abrir horizontes e crescer como pessoas sabendo que a prova está feita e o seu resultado mantem-se válido.

Esta alteração permitiria também aumentar a frequência dos concursos de acesso à Especialidade para mais de um por ano, maximizando a ocupação de vagas existentes e o número de médicos em formação. As vagas vão sendo criadas/libertadas ao longo do ano e não por magia a 1 de Janeiro. Não faz sentido ter vagas paradas, por vezes quase um ano, quando as mesmas poderiam ser ocupadas mais cedo, aumentando o número de médicos em formação específica.

A forma como o processo de acesso à Especialidade está organizado neste momento é não só castrador, impedindo os médicos recém formados de expandirem o seu mundo antes de ingressarem na Especialidade, como é pouco eficiente.

Uma vez feitas estas alterações estariam reunidas as condições para lançar anualmente um concurso anual de médicos não para a Especialidade mas para dar resposta a necessidades temporárias do SNS. A esse concurso candidatar-se-iam médicos sem vínculo ao SNS, com interesse em trabalhar no SNS.

Assim como é feito para os professores, na seriação dos candidatos entrariam critérios vários. Como exemplos poder-se-ia pensar nas notas do Exame de Saída da Especialidade, do Curso ou do Internato Geral e o tempo de serviço. Haveria uma lista de ordenação por especialidade em que poderiam concorrer médicos dessa especialidade, de outras especialidades ou sem especialidade, com ponderações de nota adaptadas à sua formação específica para aquela lista de graduação.

Imaginemos uma lista ordenada de médicos que demonstrava disponibilidade para substituir temporariamente colegas de Medicina Geral e Familiar, por exemplo. No topo ficariam ordenados os médicos da Especialidade, com uma ponderação da Especialidade máxima, desempatados entre si pelos outros critérios. Seguir-se-iam os médicos de outras especialidades, de acordo com critérios de ponderação entre especialidades a determinar, e no fim os médicos não especialistas. Abaixo está uma tabela com um exemplo ilustrativo do que seria uma hipotética lista de ordenação.

Nome
Especialidade
Ponderação
Nota de Exame de Saída
Nota de Curso
ou IG

Tempo de Serviço
Classificação
Seriação
CV
MGF
5
14
-
1354 dias
88,55
1
AL
MGF
5
17
-
100 dias
86,37
2
GB
MGF
5
17
-
50 dias
85,685
3
FD
Med.Inter.
2
18
-
3500
26,04
4
EP
Neur.
1
18
-
1350
21,70
5
TF
SPública
1
18
-
210
18,57
6
GG
-
0.5
-
17
150
8,71
7
JI
-
0.5
-
15
750
8,53
8
VH
-
0.5
-
16
250
8,34
9


Esta lista não é para o acesso à Especialidade, mas sim para concurso de provimento de necessidades temporárias, no máximo de um ano. Mas desta forma, o Centro de Saúde X, a quem faltam 4 médicos por licença de maternidade, doença, destacamento, etc., poderia informar o Ministério da Saúde destas carências temporárias e o Ministério colocaria lá médicos de acordo com a sua seriação e com as preferências que tenham manifestado quanto à contratação. Seria uma forma transparente de colocar os médicos, mediada pelo Ministério da Saúde.

Isto serviria não só para colmatar as muitas necessidades temporárias que vão surgindo na Saúde e que para as quais hoje não há mecanismo de resposta, mas também para manter os médicos não especialistas afectos ao SNS, em resposta a necessidades temporárias.

Para tornar atractiva esta precaridade para os médicos não especialistas que queiram ingressar numa Especialidade, o tempo de serviço acumulado por estes médicos passaria a ser um dos critérios no concurso à Especialidade. Com as várias alterações que referi - percentil em vez de nota e validade da nota vários anos - um recém formado médico poderia, por exemplo, fazer a PNS num ano, ficar com uma nota válida por vários anos e ir trabalhando no SNS, acumulando tempo de serviço e experiência que o beneficiaria em futuros concursos de Especialidade.

Desta forma, manter-se-iam estes médicos em Portugal, afectos ao SNS, a responder a necessidades reais do SNS e com perspectivas de ver a sua dedicação recompensada por o seu tempo de serviço passar a ser um dos critérios de seriação para a escolha da Especialidade, além do percentil obtido na PNS e da média de curso. A ponderação entre critérios seria a decidir, parecendo-me que 5% de bónus por ano de serviço, como é feito no concurso de professores, seria um bom começo.

Estes médicos estariam também integrados temporariamente em serviços estruturados, ganhando competências, em vez de fazerem simplesmente trabalho à hora de forma desconexa, não integrados em equipas.

E é esta a minha proposta para dar aos Centros de Saúde e Hospitais do SNS uma ferramenta para dar resposta rápida a carências temporárias de médicos, substituindo médicos durante o seu período de ausência.

Ao mesmo tempo, esta proposta ambiciona actualizar a forma como é feito o acesso à Especialidade de forma a levar em conta a realidade do número crescente de médicos não especialistas que podem dar um contributo válido para o SNS, mantendo-se activos em Portugal, integrados em serviços onde continuarão uma formação informal, prontos a entrarem na Especialidade em qualquer altura.

A verdade é que o actual estado de coisas já não serve, o mundo mudou. Fica a ideia.

4 comentários:

  1. Rui Pedro,
    Permita-me comentar:
    1- Afirma como injusta a contratação de empresas de recrutamento e propõe médicos contratados temporariamente directamente pelo estado para colmatar falhas temporárias de profissionais.
    Ora, contratar temporariamente (leia-se "a recibos verdes") um profissional é fomentar a precariedade, o que não é adequado. Poderá argumentar que, para o profissional contratado pela empresa de recrutamento também o trabalho é precário mas a verdade é que a empresa de recrutamento tem uma base de dados larga de vagas pelas quais o profissional pode escolher e o estado tem uma maior garantia de ter assegurados os locais desfalcados em tempo útil. Poderá também dizer que é injusto que o médico contratado ganhe mais do que os da casa mas concerteza compreenderá que esse profissional tem de ser compensado por não ter um posto de trabalho fixo, direito a férias remuneradas e a 13o mês e além disso trabalhar em locais que consecutivamente são recusados ano após ano em concursos públicos.
    Falha na sua descrição a existência de concursos públicos frequentes para integrar médicos que se encontrem fora do SNS e pretendam integrar mas, mais uma vez, para as vagas com falta de gente que não coincidem necessariamente com as desejadas.
    2- Sugere que a prova de seriação um ano antes da entrada na especialidade implica não ter oportunidade de alargar horizontes.
    Desculpe, mas não é função do estado criar um hiato para todos os profissionais que sirva para cumprir os desejos de apenas alguns.
    Mesmo com a sua proposta de percentis há heterogeneidade de ano para ano porque o perfil de candidatos num ano é diferente do que há noutro.
    3- Sugere que é injusto que médicos formados no estrangeiro, quer sejam portugueses ou não, tenham o mesmo acesso à especialidade.
    Vivemos num mundo global e pertencemos à comunidade europeia. Nenhum outro cenário faria sentido do que igualdade.
    4- Sugere que médicos possam ser recrutados temporariamente como os professores.
    Este modelo de contratação é altamente contestado e tem criado situações eticamente incorrectas que não convém replicar. Imagine que fica um ano no limbo, à espera de uma "vaguinha" e depois oferecem-lhe 3 meses, em pleno verão no Algarve, sendo que você é que tem de custear alojamento e refeições! E que tem de levar a família porque é uma mãe a amamentar e tem mais uma filha de 2 anos!
    5- Sugere que os médicos de família ausentes possam ser substituídos por médicos de outra especialidade ou indiferenciados.
    Também concordaria que um neurocirurgião fosse substituído por um cirurgião cardiotoracico ou por um médico de família?
    Não confunda médicos indiferenciados com muitos anos de carreira nos CS a fazer trabalho de médicos de família com qualquer médico indiferenciado.
    Nem confunda recrutamento por empresas de trabalho temporário para trabalho em urgências do centro de saúde com trabalho de consultas programadas e de seguimento num centro de saúde.
    Apesar das discordâncias consigo parabenizo-o pelo espírito de criação de soluções. Pergunto-lhe se as levou a alguma instância que as pudesse considerar e implementar: Comissão Nacional do Internato Médico, ACSS, Ministério da Saúde, ERS?

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  2. Cara Carla,
    Muito obrigado pelo interesse em ler e comentar este meu texto.
    Li com cuidado os seus comentários. Penso que algumas das suas objecções se devem a possivelmente não me ter conseguido explicar com a clareza necessária e não a discordar do que escrevi. Noutras alturas discordamos mesmo, parece-me. Mas se não se importar, vou responder aos seus comentários pela mesma ordem.

    1. Contratar temporariamente não é contratar a recibos verdes. Os professores colocados temporariamente são-no com contrato de trabalho a termo certo ou incerto com máximo de um ano, dependendo da situação, com todos os direitos laborais garantidos, férias, indemnização na caducidade do contrato, baixa, etc. Nada disso se aplica, como sabe, aos recibos verdes. Nenhum professor é colocado a recibos-verdes nos concursos. E é isso que defendo para os médicos. Quanto às empresas serem melhor capazes de dar resposta que o Estado na rapidez de colocação de necessidades temporárias, discordo. Um concurso anual, com seriação prévia permite colocar pessoas em poucos dias e em condições de transparência e igualdade de acesso, sem cunhas ou conhecimentos preferenciais. Quanto às restantes considerações sobre rendimentos a mesma não foi alvo de análise minha no artigo, não me manifestei sobre o que ganham os médicos colocados por empresas e preferia não discutir aqui a questão, porque é controversa e desvia da questão. Apenas sei que é um método mais caro para o Estado e, como diz, menos vantajoso para o médico do que parece à primeira vista.
    2. Num universo de 2000-3000 candidatos anuais não me parece que haja heterogeneidade significativa de ano para ano no universo de concorrentes, tratam-se de alunos muito homogéneos pela natureza de acesso ao curso. E discordo que não seja função do Estado incentivar a vida cívica dos futuros médicos, noutros países o Estado permite que os alunos colocados no ensino superior atrasem a sua entrada um ano precisamente para ter este tipo de experiências que menciono (o chamado 'gap' year). Mas mesmo que não seja função do Estado assegurar, poderá talvez concordar que o Estado pelo menos não deve castrar quem o deseja fazer e neste momento o que vemos são crianças a entrar no curso de medicina e a acabar a especialidade ainda muito crianças, com muito pouco mundo, sem nunca terem feito mais nada na vida, razão talvez porque acabam por aceitar até muito tarde tudo o que o sistema lhes atira e todos os maus tratos de que são alvo.
    3. Em nenhum lado me mostro contra o acesso dos alunos que tiraram o curso no estrangeiro à especialidade em Portugal, antes pelo contrário. Defendo no artigo que não se deve diminuir os numerus clausulus precisamente porque vivemos num mundo global e todos os médicos formados na UE podem cá vir fazer a especialidade. Talvez a neutralidade da minha admissão da realidade possa ter passado como hostilidade, mas não é, garanto-lhe. Eu próprio estudei 4 anos no estrangeiro.
    4. A situação algo caricata que refere - mas difícil se fosse real - só acontece se quem concorre for totó (e muitos são...). Cada professor no seu concurso anual para satisfação de necessidades temporárias tem o direito a escolher: os locais do país onde aceita trabalhar; o tipo de horário que aceita (completo, meio-tempo ou 1/3 de tempo); a duração do contrato que aceita (aceita colocações por 1 semana ou apenas 6 meses ou só por um ano). E só é colocado em vagas que respeitem as suas escolhas. E nenhum professor tem de ficar parado à espera do resultado ao longo do ano do concurso, pode trabalhar. Quando surge uma colocação decide na altura se aceita ou não, não é obrigado a nada. Penso que a comunicação social dá uma visão um pouco enviasada sobre como decorre o concurso de professores.

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    1. 5. MGF e Neurocirurgia não são a mesma coisa. Nem Medicina Interna e Oftalmologia são a mesma coisa. TODOS os médicos têm formação significativa em MGF e Medicina Interna mas não tem nenhuma noutras especialidades mais específicas como neurocirurgia ou oftalmologia. O que sugiro é que um médico é melhor que nenhum e que ser visto por um médico não especialista num centro de saúde é melhor do que não ser visto por ninguém. Os médicos indiferenciados com muitos anos de carreira começaram por ter poucos anos de carreira e experiência. Um interno de especialidade de MGF no primeiro ano tem tanta experiência como um médico indiferenciado que acabou o Ano Comum e um médico indiferenciado com dois anos de experiência tem mais. Eu percebo que quem seja de MGF sinta que o seu trabalho não pode ser feito por um médico indiferenciado. Nem o trabalho de um Internista. Mas não é isso que se pretende. Estamos a falar da realidade e não do mundo ideal. Estas necessidades de especialistas existem. Se não existissem não estavamos a discutir isto. E os médicos indiferenciados podem ajudar, e muito, trabalhando integrados em equipas, não só nas urgências dos CS ou hospitais mas nos hospitais também nas enfermarias e nos CS também em consultas. Como escrevi acima, a minha opinião é que ser visto por um médico é melhor do que não ser visto ou ter sistematicamente que ir para o SU do hospital porque não há nos Centros de Saúde quem os veja para ser visto nos SU por médicos indiferenciados que poderiam perfeitamente estar antes colocados no CS. Quanto a que especialidades poderiam recorrer a médicos de outras especialidades ou colegas indiferenciados, aceito e disse-o acima que teria que ser pensado para cada especialidade. Mas mesmo em neurocirurgia, um especialista com falta de colegas agraderia concerteza ter colegas, mesmo indiferenciados que, sobre a sua orientação, ajudasse na enfermaria, nos pedidos de exames, a escrever notas de alta, libertando o colega para actos médicos mais diferenciados.

      Eu sei que o que aqui proponho é muito diferente do que foi feito até agora. O ideal era não haver médicos indiferenciados nem falta de especialistas, mas essa não é a realidade e aqui tento pensar numa forma de que a resposta à realidade faça mais sentido do que a actual dependência a 100% das empresas e a manutenção ad eternum de faltas de especialistas nos serviços.

      Agradeço-lhe a oportunidade para esgrimir argumentos e a disponibilidade para ler o que escrevi.

      Quanto à divulgação da proposta... Tenho tentado fazer uma divulgação lenta. :-) Partilhei entre amigos/colegas médicos, no Facebook... vou tentar explicar melhor o que proponho a um dos sindicatos... Estou a tentar perceber se é algo que teria interesse das pessoas ou se é apenas um devaneio meu.

      Obrigado e até breve!

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  3. Muito bem ,o caminho faz se andando;Força colega

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