sábado, 18 de junho de 2011

Sugestão à CML: hortas urbanas no Parque

Aproveitando o ensejo da aceitação por parte da Câmara Municipal de Lisboa da campanha “O campo faz a festa na cidade” do Continente propomos que "O Campo se mude para a cidade". De vez.


Cara CML, porque não tornar a zona central do Parque Eduardo VII em hortas urbanas? A sério, porque não? Aquela zona central do jardim é um deserto de relva e buxo. Seria muito mais interessante ter couves e courgetes, beringelas e tomilho. Teria uma enorme mais valia, aumentando a segurança do Parque e a sustentabilidade da cidade. E incorporando o campo definitivamente no coração da cidade, numa altura em que o custo com a comida aumenta, e bem.

Aquele espaço até já está dividido em talhões geométricos, fáceis de dividir em talhões ainda mais pequenos. Mais do que pronto a uma iniciativa destas! E se algumas estrelas da cassete pirata tivessem lá a sua hortita seria uma excelente divulgação das hortas urbanas.

Como me disse Henrique Pereira dos Santos, se é chique a Sra. Obama ter uma horta urbana, e a Isabel dita II também, porque não avançar com uma iniciativa assim em Lisboa?
Foto de Osvaldo Gago.
Já imaginaram o que se podia ter ali? Campos de aveia ou girassois, favas e feijões. E muita gente a trabalhar a terra e a ganhar benefícios físicos e mentais com isso.

Não é uma boa ideia?


8 comentários:

  1. Eu gosto do vazio formal do canteiro central do Parque, é vazio, não tem de acontecer nada lá, é isso que o faz imponente!
    Para as hortas, prefiro que se ganhe espaço novo e nada de reconverter ou se perder o que existe com novos usos, feche-se a Av. da Liberdade ao trãnsito, recupere-se em verde. Aí sim, podem colocar-se hortas, "allotment gardens" o que quiserem... ao lado das lojas e escritórios.

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  2. Obrigado pela sua opinião, que é bem válida. A Avenida daria talhões hortículas fantásticos, apesar de algum sombreamente excessivo.
    A ideia do canteiro central era por não mexer com trânsito, ou seja, ser viável. Perdebo que haja quem goste daquilo como está. As vistas são uma parte importante da vivência da paisagem.
    Eu confesso que vejo um enorme potencial hortícola e pedagógico ali!

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  3. Reitero mais umas hortas na pendente do Parque (sendo também mais exequíveis a curto médio prazo), que não deixaria de ser predominantemente verde, chamando igualmente a sí muito mais biodiversidade para o centro da cidade. O facto de já existir água a montante (no dito cujo), é uma boa forma (não a melhor e a única) vantagem para "regar" (pela força da gravidade), as hortas a jusante.

    Parabéns pela excelente ideia
    Luis Avelar

    p.s. escolhi anónimo simplesmente porque no perfil, esta opção é a mais simples de "activar".

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  4. Olá Luís!
    Não consegui visualizar ao que te referes com a pendente do Parque? Que zona seria? Eu não quereria entrar em competição com zonas arborizadas. Mas há ali na zona direita do Parque (quando se desce) umas zonas grandes, que estão precisamente agora a ser frisadas, não imagino o que irão lá plantar.

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  5. Pois é com o trânsito que se tem de mexer...Lisboa perde todos os dias espaço de circulação pedonal e área verde para o transito e veículos, o ACP deve ter um lobby fortíssimo!
    Pq é que não sugere antes a ocupação dos terrenos da ex-Feira Popular?? Existem tantos terrenos expectantes que tão cedo não cederão ao imobiliário que podem ser ocupados...mas afaixa central do Parque, acho de longe das piores opções, além disso as questões inerentes á sua manutenção numa área de tanta exposição são consideráveis.

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  6. Caro Anónimo, Obrigado pela sua opinião. A ideia seria a participação dos munícipes nas hortas ajudar a custear vigilância no 24 horas naquela zona, o que seria uma mais valia.
    Os terrenos da ex-feira popular são alvo de uma disputa legal e têm grande interesse comercial. Dificilmente se conseguiria.
    A ideia de ser ali é também para aumentar a exposição pública das hortas.

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  7. Olá Rui Lérias

    Peço desculpa por apenas agora respondeder e de não me ter feito claro! Referia-me exactamente à tua proposta, à pendente que aparece na foto. Por forma a tornar aquele espaço mais diverso/rico, poder-se-ia ocupar, por exemplo, as laterais para cultivar (a pendente não é muito acentuada que exija socalcos) e a zona de arbustos labirínticos, poderia ter unicamente uma relva (mantinha ou mesmo aumentava a imponência da mancha verde), mais resistente para permitir o pisoteio como zona de descanso. Este relvado está claramente sub aproveitado como zona exclusiva de descanso e contemplação da paisagem (não para jogar futebol informal de pequenos grupos e outras práticas ou actividades muito impactantes do solo). Contudo, este espaço verde, em conjunto com o arquitectura existente, fazem/são um "todo" da identidade do PVII pelo que poderá ser considerado património Nacional (?) e eventualmente inviabilizar a ideia. Haveria que trabalhar a argumentação custo-benefício.

    Obviamente também reitero qualquer outro local (ex.Feira Popular), uma coisa não invalida a outra; a questão tem a ver, como dizia o Rui Lérias, com a dificuldade de aquisição daquele espaço para tal fim.

    saudações
    Luis Avelar

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  8. Luís, obrigado pelo esclarecimento e comentário. de facto, começar pela pendentes laterais do jardim central é uma excelente sugestão. Ali nem buxo existe, só mesmo relvado.
    Obrigado!

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