quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

i - quê?! Ah! ou Como Iniciar uma Colónia Sozinho

Um dia haverá o tempo AI e DI, Antes do Ikea e Depois do Ikea: pequeno escritório montado por menos de 80€ (excepto cadeiras e computador). Há 10 anos quanto custaria?!




Neste momento sinto-me como se deve sentir uma rainha-abelhão quando sai de hibernação e inicia uma nova colónia. Os abelhãos são, em geral, abelhas coloniais, ou seja, vivem em comunidades de vários indivíduos, do mesmo modo que a abelha-melífera. Mas enquanto a colónia da abelha do mel é perpétua e sobrevive ao Inverno, no caso dos abelhões sociais apenas a mestra ou rainha o faz, hibernando no solo ou num buraco de uma árvore.


Foto do abelhão Bombus terrestris. Os abelhões são inofensivos e raramente ferram alguém.

Isto significa que na Primavera a abelhão-mestra tem de iniciar uma nova colónia sozinha e fazer de tudo um pouco, alimentado-se no exterior, contruindo favos de criação onde põe ovos e alimentando as suas primeiras filhas sozinha. As primeiras obreiras atinjem a fase adulta ao fim de cinco semanas e substituem a mestra em todas estas tarefas excepto pôr ovos. A colónia começa a crescer rapidamente. Neste momento, sinto-me com um abelhão-mestra a fazer de tudo um pouco para estabelecer uma empresa de sucesso.


Um abelhão Bombus hypnorum no capítulo de um girassol. Foto de Malene Thyssen.

No final do Verão a história torna-se um pouco mais macabra, acabando em regicídio e anarquia na colónia que acaba por se desagregar. Apenas as novas mestras sobreviverão para iniciar novas colónias no ano seguinte. Este Outono está a ser pouco frio e na primeira semana de Dezembro ainda se viam novas mestras de abelhão a alimentarem-se no exterior, a aguardar a descida da temperatura para hibernarem.

Só espero que, ao contrário de muitas árvores que interpretaram as temperaturas anormalmente amenas deste Outono como o final do Inverno e lançaram novos rebentos e flores, estas novas mestras não tenham iniciado já posturas de ovos, convencidas que a Primavera está à porta. Se o fizeram condenaram as suas primeiras filhas - os primeiros ovos são fertilizados e todos fêmea - a uma morte certa por falta de alimento.

Sou fascinado pela vida destes insectos sociais. Espero que esta minha nova colónia, apesar de se inciar ainda no Outono, venha a singrar, e a durar mais do que um Verão!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Básico: prestar homenagem à memória de um espaço


De 2005 a 2009, o espaço que agora arrendei para a futura Loja de História Natural funcionou como loja de venda ao público da Cinemascope, empresa especializada na venda de cartazes originais de cinema e de pósteres de filmes. A fotografia acima mostra parte do espaço durante este período. Apesar de terem fechado a sua loja no Príncipe Real, a Cinemascope mantém a sua actividade noutro espaço na zona da Expo.

Os sócios da Cinemascope foram de uma enorme simpatia em receber as perguntas e dúvidas de alguém que para todos os efeitos queria vir a ocupar um local que lhes foi muito querido durante este período. E, no entanto, não me podiam ter acolhido melhor nos meus pedidos de informação sobre a funcionalidade da loja, a sua visibilidade, problemas de acesso, etc.

Deixo aqui o meu agradecimento e o registo do que já foi a loja do Monte Olivete, 40. Muito obrigado pela ajuda e pela energia positiva que herdo!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O Básico: cumprimentar os vizinhos e ligar a água e a luz

Primeiro passo:  apresentar-me aos vizinhos da frente! Conheçam a loja da Dina e do Samar, uma loja que vende de tudo um pouco, com uma montra vistosa. Apresentações feitas, expliquei-lhes o conceito básico da futura Loja de História Natural. Fizémos todos votos que possamos atrair mas clientes  para os nossos estabelecimentos. Viva a sinergia, claro!

A futura Loja de História Natural no lado esquerdo da Rua Monte Olivete.


Loja da Dina e Samar mesmo em frente.

Segundo passo: contrato da água e da luz. Precisei de 20 minutos ao final da tarde na Loja do Cidadão das Laranjeiras. Como já havia contrato a decorrer quer de água quer de luz, e não eram necessário alterações, foi um instante. A levar: contrato de arrendamento, documentos de identificação (BI/CC e NIF), leituras dos contadores e números dos contadores (à cautela, que para complicar não há como a EDP e a EPAL). Desta vez, correu tudo sobre rodas. A ver.

De notar que a EPAL obrigou-me a pagamento por transferência bancária e a factura electrónica para evitar uma pequena verba extra de 30€. Os prestadores de serviços de utilidade públicaem Portugal fazem mesmo o que querem, criam as suas regras, é sempre a abrir!

Quanto à EDP ... suspiro ... Tua, Sabor ... custa ter que ser, mais uma vez  cliente. Está feito.