sábado, 9 de janeiro de 2010

O Plano de Negócios ou a arte de bem inventar (mas com cuidado)

Iniciar uma aventura deste tipo é um salto no desconhecido. Mas isso não significa que não se tente quantificar o desconhecido e pôr em papel (ou bits) o que se quer fazer, porque é que se quer fazer, porque se acha que é boa ideia fazê-lo, e tentar fazer uma estimativa do investimento necessário. Entre outras coisas.

É para isso que serve um Plano de Negócios (PN). Eu sou biólogo, não gestor de empresas ou economista. Mas como escrevi no post anterior, tenho que me preparar para fazer de tudo se quiser levar esta aventura a bom porto. E foi o que fiz. Durante o mês de Dezembro preparei um pequeno PN (sem B prévio, a minha arte de bem inventar não chega tão longe ...). Foi um exercício de especulação interessantíssimo. Seria fácil negligenciá-lo por involver um número interminável de variáveis. Mas a simples tentativa de quantificação do  desconhecido deu-me uma preparação acrescida para tomar decisões futuras acertadas.

Por exemplo, um dos documentos que preparei foi um futuro mapa de despesas correntes mensais e um estimativa de receitas. O mapa de despesas obrigou-me a pensar ao detalhe tudo o que vou fazer. Estou certo que me esqueci de alguma coisa, e fui apenas exaustivo q.b., mas fiquei com uma ideia bastante realista do que vou gastar mensalmente apenas para manter a loja aberta.

O que leva à estimativa de receitas. É, claro, totalmente impossível saber quanto é que vou conseguir vender mensalmente. Mas fiquei a ter uma boa ideia de quanto vou precisar de vender para manter a porta aberta. E essa informação é de extrema utiidade. Porque ao tentar perceber todas as minhas fontes de receitas possíveis, dos produtos aos serviços a disponibilizar ao público, consigo fazer uma avaliação se o que quero fazer tem pernas para andar ou, se pelo contrário, a ideia deve ser abandonada ou melhorada. Idealmente, este PN teria sido feito ainda antes de arrendar um espaço e não depois de dado este passo sem regresso. Felizmente, já tinha feito anteriormente um outro mapa de despesas/receitas e chegado a uma conclusão sobre o limite máximo de renda que o negócio poderia suportar. O novo e mais detalhado PN parece confirmar a decisão tomada (mas claro que podemos moldar um PN ao nosso gosto).

Outro dos documentos do PN é a previsão do investimento necessário. Este documento levou-me a orçamentar as principais despesas essenciais à preparação da loja para abrir portas. Estes orçamentos, quando bem pensados, tornam-se em trabalho adiantado e espero que seja o caso aqui.

E é depois deste PN elaborado que estou pronto a avançar. Mas com os pés bem assentes na terra, muito consciente dos riscos que corro e da fasquia que terei de conseguir ultrapassar para manter as portas abertas.

Este documento será a minha bússola para os passos seguintes. Será, também, um excelente instrumento para avaliações regulares sobre o estado da loja, permitindo ajustes e adaptações sempre que se tornem necessários.

Fazer um Plano de Negócios, mesmo um simples como o que elaborei, foi um exercício de extrema utilidade. Espero que me consiga servir dele para alcançar o sucesso.

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