terça-feira, 22 de junho de 2010

Casas-ninho para abelhas solitárias e abelhões comunitários

Os polinizadores naturais estão em apuros. Mais uma notícia, desta vez da BBC, dá conta do declínio da diversidade de abelhas e abelhões, borboletas e mariposas, sirfídeos (moscas miméticas que parecem abelhas ou vespas, mas são um tipo de moscas polinizadoras) e vespas (nem todas são carnívoras). Estes insectos auxiliares fazem um trabalho de polinização essencial para o funcionamento dos ecossistemas. Tanto a flora silvestre como as nossas hortas e pomares dependem dos seus serviços como polinizadores para conseguirem reproduzir-se e/ou produzir os bens alimentares de que dependemos, das leguminosas à fruta de mesa, passando pelos tomates, pimentos e outras hortaliças.

A presença de uma população saudável destes animais aumenta enormemente a produtividade agrícola. Nos EUA, por exemplo, desenvolveu-se uma apicultura migratória que vai sendo paga para levar as colmeias de Norte a Sul, de Este a Oeste, para ao longo do ano ir polinizando as colheitas do país, dos mirtilos a Norte do Estado de Nova Iorque às amendoeiras da Califórnia. Em Portugal, só nos últimos anos, com o crescente desaparecimento das antes ubíquas colmeias de abelhas-do-mel, os agricultores começaram a sentir o impacto na produtividade das suas colheitas da diminuição no número de polinizadores.

Existem muitos equívocos sobre alguns destes polinizadores. As abelhas solitárias e os abelhões não ferram pessoas e no entanto existe um receio generalizado destes animais. É importante perceber que são insectos inofensivos mas imensamente auxiliares. Já a abelha-do-mel, Apis mellifera mostra comportamentos agressivos e de defesa em grupo quando se sentem ameaçadas e por esta razão as suas colmeias são mantidas por apicultores. Mas a grande maioria das espécies de abelhas solitárias e abelhões são pacíficas.

Na Loja de História Natural temos várias tipos de casas-ninho para estes insectos auxiliares, para abelhões e abelhas solitárias, assim como alimentadores para abelhas e borboletas e abrigos para borboletas. Eis algumas delas:

Ninho em cerâmica para abelhões, que fazem ninho ao nível do solo.
 Três tipos diferentes de casas-ninho para abelhas-solitárias (incluindo mason e orchard bees). Os troncos para abelhas são em madeira de vidoeiro Betula sp..

Outro tipo de troncos para abelhas. Fáceis de pendurar pelas cordas em árvores.

Mais um tipo de casa-ninho para abelhas-solitárias.

E para borboletas:

Alimentador para borboletas (a esponja sai com facilidade e empapa-se numa calda de água com açucar ou alimento de borboletas) e um abrigo para borboletas com alimentador (as borboletas enfiam-se pelos lados para pernoitar e alimentam-se nas plataformas laterais).

Abrigo para borboletas, com aquecimento por radiação solar para permitir o aquecimento em dias frios ou mais rápido de manhã.

Os polinizadores selvagens necessitam da nossa ajuda e nós precisamos deles. A disponibilização de uma destas casas-ninho num quintal ou varanda perto de áreas verdes, ou num terreno, pode ser uma forma preciosa de os ajudar.

2 comentários:

  1. Estou fascinada com estes abrigos! Só não tenho sítio para colocá-los! Talvez na varanda?

    ResponderEliminar
  2. Olá! É sempre um enigma saber se uma casa destas na varanda possa resultar. Penso que dependerá da zona onde fica a sua varanda e da altura do andar! E depois é uma questão de ser encontrada pelos bicharocos certos. Se tiver uns vasos com plantas na varanda, ajuda, claro.

    ResponderEliminar