segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Agosto de 2020 teve o segundo maior número de óbitos para este mês desde 2009 e mantém 2020 como o ano com o número mais elevado de óbitos dos últimos 12 anos

A mortalidade absoluta em Portugal em Agosto de 2020 manteve-se acima da média de 2009-2019 e agravou a mortalidade acima da média de 2020, mantendo este ano como o ano com maior mortalidade absoluta desde há pelo menos 12 anos.

Agosto de 2020 é o segundo Agosto com maior número de óbitos desde 2009.
 

Assim, o número de óbitos registados em Agosto de 2020 em Portugal - 8954 pessoas (óbitos registados até 6 de Setembro de 2020) - é superior à média de óbitos em Agosto dos 11 anos anteriories (2009-2019) em 761 óbitos ou 9,2%. Este valor foi superado apenas em Agosto de 2018, mês em que morreram 9093 pessoas.

De facto, desde 12 de Março - há 173 dias! - que a mortalidade semanal não cruza a média de 2009-2019. São já 25 semanas seguida, praticamente seis meses, com mortalidade persistentemente acima da média, algo muito preocupante.


Esta mortalidade acima da média atingiu o maior pico do ano em Julho, altura em que chegaram a morrer diariamente mais de 120 pessoas do que o esperado, superando mesmo a mortalidade acima da média no primeiro grande pico da pandemia em Portugal, em Março/Abril deste ano. Entretanto este valor tem oscilado, mas sem nunca cruzar o valor da média de 2009-2019. Na última semana de Agosto de 2020 morriam em média mais 40 pessoas do que o esperado pela média dos 11 anos anteriores.

Depois da Primavera com maior mortalidade absoluta dos últimos 12 anos e de um mês de Julho de 2020 absolutamente extraordinário em termos de mortalidade, o ano de 2020 mantém uma mortalidade global 9% acima do esperado pela média dos 11 anos anteriores.

Desde o início do ano de 2020 já morreram em Portugal mais 6 625 pessoas do que o que seria de esperar pela média dos 11 anos anteriores. Os óbitos oficiais de pessoas com a doença provocada pelo Coronavírus DOVICA19/COVID19 totalizavam no final de Agosto 1824 pessoa, ou seja explicam apenas 27% da mortalidade acima da média.

Portugal continua a registar um excesso de mortalidade persistente, sem tréguas, há 173 dias seguidos, desde o início da Pandemia.







 

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário